Novos recursos do Google vão ajudar usuários a preservar o meio ambiente

18 out

Novos recursos do Google vão ajudar usuários a preservar o meio ambiente

O Google anunciou um pacote de novos recursos voltados para quem deseja fazer escolhas mais sustentáveis no dia a dia. Segundo a companhia, a ideia é juntar quatro de suas principais ferramentas — Busca, Mapas, Nest e Travel — para ajudar na redução da chamada pegada de carbono (nome da medida que calcula a emissão de carbono na atmosfera por indivíduo, empresa ou governo).

A primeira iniciativa é voltada para os resultados da busca para questões referentes a mudanças climáticas. Hoje, você é direcionado para sites que falam sobre o assunto, vídeos recentes e notícias especializadas, mas o objetivo do Google é criar uma espécie de central de “informações de alta qualidade sobre clima”, com conteúdos produzidos por autoridades no assunto, organizações especializadas e até organismos vinculados à Organização das Nações Unidas (ONU).

Também há planos de revelar para o consumidor quais são as opções mais sustentáveis na hora de fazer alguma compra pelo Google — usuários dos Estados Unidos devem ter essa opção a partir do início de 2022. Ao pesquisar por um fabricante ou modelo de carro, por exemplo, o buscador entregaria como resultado veículos híbridos e elétricos como alternativa mais recomendada para a preservação do meio ambiente.

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E, para ajudar os proprietários desse tipo de transporte, a busca pretende exibir locais onde há estações de carregamento próximas compatíveis com o modelo do seu veículo. Na terra do Tio Sam, os carros elétricos estão em alta e têm preços bem mais acessíveis do que no Brasil, razão pela qual essa novidade deve levar algum tempo para desembarcar por aqui.

Já para os que pretendem reduzir o consumo de energia, o Google também deve fazer o mesmo comparativo dos veículos aplicado ao setor de eletrodomésticos, como fornos, lava-louças, ar condicionado e aquecedores. Assim, a pessoa poderá analisar se escolhe a marca X ou a Y com base na eficiência energética ao realizar uma compra online.

Economize combustível e ajude o meio ambiente

A partir desta quarta-feira (6), residentes dos EUA já poderão analisar quais rotas de carro são mais eficientes para reduzir o consumo de combustível via Google Maps. Sempre que o usuário definir uma rota, o app analisará as alternativas e mostrará a mais rápida, a mais curta e a cujo gasto é menor — quando a rota econômica for a mais rápida, isso será definido como padrão.

Caso a rota mais “verde” seja mais longa do que as demais, o Maps deve revelar alternativas para ajudar na tomada de decisão consciente. A companhia estima que essa opção chegará a países da Europa a partir de 2022, mas ainda sem previsão para o Brasil. Um veículo de passageiros libera, em média, cinco toneladas de CO2 por ano — é menos do que os norte-americanos liberam individualmente (18 toneladas), mas ainda assim é um dado importante para ajudar na diminuição.

E para quem deseja trocar o carro pela bicicleta, o Google Maps terá uma opção chamada “Navegação Lite” nos próximos meses, cujo foco é permitir a visualização de instruções detalhadas das rotas sem precisar deixar a tela ligada. Essa novidade também pode ajudar os motociclistas a não desviar a atenção das estradas, o que pode causar acidentes em locais mais movimentados.

Os ciclistas poderão ver outras pessoas com bikes nas proximidades para formarem um pelotão ou simplesmente criar laços entre os amantes do pedal. A expectativa é que esse incentivo a bicicletas e scooters chegue a mais de 300 cidades do mundo, incluindo São Paulo e outras grandes capitais.

Viagem verde

Ainda na pegada da redução de CO2, o Google começará a mostrar, a partir desta quarta-feira, as emissões de dióxido de carbono na atmosfera. Os dados vão mostrar como o assento que você escolhe no avião afeta o carbono individual — na primeira classe, por exemplo, você gera mais poluição do que na executiva.

Essa novidade pode ajudar o passageiro a optar por rotas aéreas com menos paradas e menor consumo de combustível, algo que poderia reduzir os índices de poluição em até 63%, conforme dados da gigante da tecnologia. Contudo, esse tipo de escolha deve ser menos eficiente em países como o Brasil, em que as rotas são preestabelecidas pelas companhias e os preços são bastante elevados.

O Google ainda deve lançar uma pesquisa sobre como otimizar o tráfego das grandes cidades, com apoio dos semáforos, pode impactar o meio ambiente. Um teste realizado por uma inteligência artificial da empresa em Israel conseguiu gerar uma redução entre 10 e 20% no consumo de combustíveis somente ao deixar os carros parados por menos tempo nas interseções. A meta é expandir isso para outras cidades, tendo o Rio de Janeiro como projeto-piloto dessa iniciativa aqui no Brasil.

Aquecimento sustentável

Nos locais mais frios, o Google quer otimizar o uso de aquecedores, considerado um dos vilões do gasto energético nessas regiões. Proprietários do Nest nos Estados Unidos poderão ajustar o termostato para aquecer no momento em que haja mais energia renovável disponível e resfriar quando os índices caírem. Essa estratégia pode reduzir a pressão sobre os sistemas elétricos durante os picos de demanda e tornar o consumo das casas mais eficientes.

Em determinados países ainda não divulgados, a companhia deve oferecer uma assinatura chamada Renew Premium, que permitirá ao usuário combinar o uso de energia fóssil com fontes renováveis. Além da economia financeira, essa atitude pode ajudar a reduzir a poluição individual de cada residência.

O próprio Google estaria na busca de compensar sua pegada de carbono e reduzi-la a zero até 2030. Para isso, a companhia tem investido em fontes de geração sustentáveis para seus data centers, que hoje funcionam 67% com energia limpa, além de buscar soluções alternativas para minimizar o uso de eletricidade tradicional derivada de combustíveis fósseis, como o carvão e o diesel.

As novas iniciativas do Google são focadas no usuário comum, que tem uma pegada de carbono bem inferior à de grandes companhias poluidoras, mas não deixa de ser uma solução interessante. Se cada um fizer a sua parte, o meio ambiente agradece.

FONTE: Google

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